domingo, 8 de novembro de 2009

Mercado Cultural Não Se Sustenta

Movido a patrocínio, mercado cultural brasileiro não se sustenta sozinho

ANA PAULA SOUSA
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Se, numa canetada, acabassem os incentivos fiscais destinados à cultura, os palcos brasileiros esvaziariam. Mesmo aqueles ocupados por artistas que, na discussões sobre a nova Lei Rouanet, têm sido definidos como "consagrados". As bilheterias sozinhas, salvo exceções, não pagam peças, shows e filmes feitos no país. O mercado da cultura brasileiro não é autossustentável.

"O artista famoso precisa de lei", crava Sergio Ajzemberg, que trabalha com marketing cultural. "Existe um circuito fechado de artistas que vivem de Lei Rouanet", diz Juca Muller, produtor de shows nacionais (Detonautas) e internacionais (Earth Wind & Fire). "As empresas querem associar suas marcas aos grandes nomes, não a desconhecidos." As leis, além de tornarem mais visível quem já tem nome, inflaram os custos e agigantaram o mercado cultural. Mas teria o público acompanhado esse ritmo? Os números indicam que não.


Editoria de Arte/Folha de S.Paulo

O dinheiro de imposto que as empresas destinam à cultura beneficiou certos artistas, mas não chegou à população. É esse descompasso entre produção e acesso que tem feito com que sejam contestados projetos bancados com lei e, ainda assim, caros. "Os automóveis têm redutor de IPI e as pessoas entendem o porquê. No caso da cultura, isso não é totalmente aceito", diz o advogado Fábio de Sá Cesnik. "Todo mundo diz que o teatro é caro. É? Alguém sabe quanto eu gasto para produzir uma peça?", pergunta Antonio Fagundes.

E quanto custa a turnê de um músico? A bilheteria é capaz de bancar todos os custos?

Depende. Leninha Brandão (que trabalha com Vanessa da Mata e Lenine) diz que precisou captar R$ 660 mil de uma empresa de cosméticos para que Lenine fizesse um disco e shows em diversas capitais do país com ingresso a R$ 40.

Já Marcelo Lobato (de Marcelo D2 e Pitty) afirma que a bilheteria paga as despesas. "Faço a agenda de meus artistas e vendo os shows para contratantes locais. Ou esses contratantes pagam os cachês usando bilheteria ou se viram para arrumar patrocínio."

A discussão torna-se ainda mais complexa quando a cultura confunde-se com o entretenimento --em tese, comercialmente viável. "Quem trabalha com entretenimento tende a entregar às pessoas o que elas querem, ou seja, pensa no freguês. Às vezes isso tem ligação com a cultura, às vezes não", delimita Pena Schmidt, superintendente do Auditório Ibirapuera. "Mas essa linha é tênue", diz, lembrando que, do rei que encomendava obras a um artista, passando pelo Estado e pelas gravadoras, a música sempre foi subsidiada.

Schmidt se pergunta se poderia ser diferente. E responde: "Com a estrutura de teatros que temos, não. Fala-se muito nos cinemas, mas os teatros também foram vendidos para igrejas. Por não haver incentivo para a construção de teatros, proliferou a indústria do montar e desmontar palcos. Nas casas pequenas, o que banca um show é a venda de bebidas."

No Auditório Ibirapuera, a bilheteria responde por 10% do orçamento da casa. Parte é bancado pela TIM, sem leis, e parte vem do aluguel para eventos fechados. No Teatro Alfa, a conta é semelhante. A bilheteria responde por 20% do orçamento. Metade da arrecadação vem dos patrocínios e 30% do aluguel para eventos.

Segundo Elizabeth Machado, superintendente do Alfa, um espetáculo orçado em R$ 600 mil rende, na bilheteria, cerca de R$ 100 mil. Por que a conta não fecha? "Porque eu teria de cobrar R$ 400 reais. E aí a conta não fecharia porque o teatro não lotaria." O produtor Emílio Kalil, que trará o grupo de Pina Baush para o Brasil, ainda não conseguiu patrocínio e, apesar dos ingressos esgotados, antevê o prejuízo. "A temporada custa R$ 1 milhão. São 58 pessoas, dois contêineres, dez dias de hotel, locomoção, estrutura técnica. É uma estrutura caríssima, que o público não vê, diz.

E antes das leis, como isso era pago? Em primeiro lugar, é preciso dizer que, pós-leis, cerca de 100 mil empresas prestadoras de serviço --de alimentação a luz-- se oficializaram para entrar na engrenagem de notas fiscais e prestação de contas. "Se você quer filmar numa esquina, o dono da padaria te cobra. Há 30 anos não era assim", exemplifica o cineasta Hector Babenco. Mas há outras respostas.

"Muitos produtores iam chorar no colo dos governos", diz Kalil. "O governo brasileiro, historicamente, trabalhou com incentivos. Nos anos 1970, as gravadoras tinham desconto nos impostos se investissem em artistas nacionais", diz Cesnik. Há quem vá mais longe. "Tínhamos uma população acostumada a ir ao teatro, ao cinema", diz Ajzemberg. É essa uma das diferenças entre o Brasil e os países europeus. "A média da população brasileira não consome cultura."


Editoria de ArteFolha de S.Paulo

Ruy Jobim Neto
Cia. Mestremundo de Histórias
jobimneto.ruy@ gmail.com

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Sabe como resolver o problema? A resposta está na EDUCAÇÃO, vemos que as pessoas não sabem reconhecer os bons trabalhos culturais, isso porque não foram ensinadas a frequentar teatros, cinemas, enfim...
E vêm me à cabeça o pensamento: "O povo brasileiro é assim mesmo, não gosta de assistir a brasileiros, a não ser aqueles 'engraçadinhos' que o faz rir e daí aproveita-se e bebe, o que leva a casa a querer esse tipo de coisa, já que o que vence no orçamento é a bebida?"
Isso, na minha opnião vai continuar mesmo, porque é uma coisa que tem que ser feita com cautela, pois só trará os benefícios a longo prazo. Insisto: EDUCAÇÃO, é realmente o que falta nos brasileiros. Levar nossas crianças aos teatros e manter uma certa frequência é o que fará nosso público de amanhã. Mas se você prefere deixar seu filho na frente da tv, você estará infuenciando-o para essa sociedade medíocre e sem cultura que vivemos.

Cleyton Brayt

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sábado, 24 de outubro de 2009

Revolta sobre o "Cachet Teste"


Estava lendo os e-mal's que recebo do grupo "Banco de Atores" da Yahoo e, me deparei com forte revolta movida a partir deste texto enviado por nascibeckerr :

Me entristece todas as vezes que chego em comunidades do orkut e me deparo com anúncios solicitando trabalho de atores sem qualquer tipo de remuneração e, muitas vezes ignorando o mínimo necessário para que você possa fazer seu trabalho dignamente. Como se nós atores não tivéssemos contas a pagar e fizéssemos tudo por hobby. Sou artista/ator profissional, vivo do meu trabalho,um artista que estuda muito e procura fazer o seu trabalho cada vez melhor. Minha profissão é como qualquer outra, exige estudo, dedicação e disciplina. Porque alguém passaria horas estudando um texto, horas repetindo o mesmo movimento e, horas e horas tentando encontrar a melhor maneira de dizer uma frase? Porque alguém gastaria seu tempo em pesquisas, aulas de corpo, de canto, dança, se isso não fosse fundamental em sua vida?
Portanto respeitem o meu trabalho, ele é tão importante quanto o seu.
Penso que esse tipo de anúncio existe porque com certeza há sempre quem aceita tais condições. É hora da classe acordar e dar um basta nisso. Ok, se você aceita é um problema seu, mas penso que se você é profissional e da valor ao seu trabalho não se propõe a isso.É por isso que admiro a classe músical, os músicos nesse quesito são muito mais profissionais e unidos.

P.S. POSTEI ESSE MEU MANISFESTO EM ALGUMAS COMUNIDADES DE ATORES DO ORKUT E EM UMA DELAS A COMUNIDADE "TESTES-TEATRO, TV E CINEMA" QUE TEM COMO DONO O SR. BRUNO HERBSTRITH E MODERADORES GUILHERME E DOUGLAS E FUI EXPULSO DA COMUNIDADE. REALMENTE NAO ENTENDI PORQUE ATITUDE... SERÁ QUE ELES SAO ARTISTAS? ACHO Q NAO...PESSOAS ASSIM MODERANDO UMA COMUNIDADE QUE SE DIZ SER DE ATORES E IR CONTRA MINHA SOLICITAÇÃO E MANIFESTACAO ESTA INDO CONTRA TODA A CLASSE QUE PREZA SEU TRABALHO.LEVAMOS TANTO TEMPO PRA QUE A PROFISSÃO FOSSE RECONHECIDA E RESPEITADA, MAS TÔ VENDO QUE AINDA FALTA MUITO A SER FEITO. É MUITO TRISTE TUDO ISSO, SÓ TENHO A LAMENTAR.


A Partir deste escrito, outras pessoas escreveram, como o Sidney Cirillo e Alexandre Paro. Veja:


Infelizmente, meu caro amigo a culpa de tudo isso é dos próprios atores...que não tem vergonha na cara e vão fazer teste,por ex; sem receber o cachet teste.
Eu já tô cansado desses monte de BaBacas...mas o que fazer,se eles não se dão o devido valor? me add no seu orkut e vamos conversando!
Abraços Sidney Cirillo

( contato: cirilloeventos@yahoo.com.br)

Acabei de desligar o telefone negando o teste de um trabalho de R$ 3.000,00.... .... (PROPAGANDA DE CERVEJA )

justamente pq não tinha o cachê teste....e tenho contas a pagar, e engraçado que estou negativo no banco..!!!!! !!

mais se não tomarmos uma atitude já, vai virar festa isso p qualquer ARTISTA.

abr Alexandre Paro

Realmente nem sei o que dizer, pois de um lado está os atores que precisam de "grana" e vêem num teste, mesmo sem cachet teste, uma oportunidade de trabalho e, por outro, vem a falta de legalidade nisso tudo, afinal se é de direito dos trabalhadores de receber por seu trabalho em teste, DEVIAM RECEBER. Não vejo uma maneira eficaz de impedir esse tipo de ilegalidade, a não ser na forma de protesto dos atores. Mas será que vão protestar? Será que irão contra as empresas produtoras? Ou será que vão continuar assim, porque é assim que funciona o sitema?

Cleyton Brayt


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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Iª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA

Iª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA

A Secretaria Municipal de Cultura realiza no dias 24 e 25 de outubro de 2009, no Palácio Gustavo Capanema, a I Conferência Municipal de Cultura, com vistas à criação conjunta de Políticas Públicas de Cultura e à elaboração de um Plano Municipal de Cultura. A I Conferência também vai debater o Sistema Nacional de Cultura, que reunirá todos os órgãos e as instituições da área nos três níveis de governo - Município, Estado e União - e traçará políticas e estratégias comuns para os próximos dez anos.

São convidados a participar todos os protagonistas da cultura: artistas, produtores, gestores, investidores e consumidores, para que se valorizem a diversidade das expressões e o pluralismo das opiniões em nosso município. Estas discussões formularão também propostas para as conferências Estadual e Nacional de Cultura, que discutirão diretrizes, estratégias e políticas públicas para a próxima década. Serão eleitos delegados à Conferência Estadual, na proporção de um terço do poder público e dois terços da sociedade civil (um terço de artistas, produtores e investidores e um terço de consumidores de cultura).

Foram realizadas onze pré-conferências por regiões da cidade e quem participou das pré-conferências está automaticamente inscrito na I Conferência Municipal de Cultura, que vai também indicar delegados à Conferência Estadual de Cultura.
As discussões giram em torno de cinco eixos propostos pelo Ministério da Cultura: Produção Simbólica e Diversidade cultural, Cultura, Cidade e Cidadania, Cultura e Desenvolvimento Sustentável, Cultura e Economia Criativa e Gestão e Institucionalidade da Cultura.

I Conferência Municipal de Cultura do Rio de Janeiro
Data: 24 e 25 de outubro de 2009 (sábado e domingo)
Horário: das 8 às 17 horas
Local: Auditório Gilberto Freyre - Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa, 16 - sobreloja
Centro (próximo à Rua Araújo Porto Alegre)


I Conferência Estadual de Cultura
Data: novembro de 2009


II Conferência Nacional de Cultura
Data: 11 a 14 de março de 2010
Local: Brasília


Download's:



Fonte: Rio Gov

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fernanda Montenegro ganha livro da Coleção Aplauso



Fernanda Montenegro que fez 80 anos no dia 16 de outubro, ganha livro da Coleção Aplauso. O lançamento será no dia 28/10, durante a Mostra de Cinema de São Paulo

FERNANDA MONTENEGRO, UMA DAS MAIS IMPORTANTES ATRIZES BRASILEIRAS, MOSTRA SEU ENGAJAMENTO NA ARTE EM NOVO LIVRO DA COLEÇÃO APLAUSO

A trajetória no rádio, na televisão, no teatro e no cinema de uma das maiores atrizes brasileiras é recontada em "Fernanda Montenegro – A Defesa do Mistério" pela jornalista e crítica de cinema Neusa Barbosa. O perfil de Fernanda Montenegro integra a Coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, e será lançado no dia 28 de outubro, às 19 horas, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Sobre Fernanda Montenegro, há um universo a dizer. Mas ter tanto o que falar sobre ela é, por paradoxo, o que torna mais difícil contar sua trajetória. Segundo Neusa Barbosa, autora de "Fernanda Montenegro – A Defesa do Mistério", muita coisa é ou já foi dita sobre a grande atriz em jornais, revistas, rádios e televisão. O depoimento para este volume da Coleção Aplauso, construído por "uma memória impecável, lucidez constante, ética profissional que a leva sempre a compartilhar as próprias conquistas com os colegas e um inatacável orgulho profissional" , traça um perfil da atriz por meio da expressiva densidade poética de sua voz. O lançamento será no dia 28 de outubro, às 19 horas, na grande festa da Coleção Aplauso durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Shopping Frei Caneca (4º andar), em São Paulo. Além de sua biografia, outros 39 títulos da Aplauso serão lançados.

Os números que envolvem Fernanda Montenegro são expressivos: quase 60 anos de teatro e TV, mais de 200 teleteatros, 56 peças, 20 novelas e 16 filmes. Por enquanto, porque a atriz que completa 80 anos em outubro deste ano não pensa em parar. A carreira começou aos poucos: primeiro um curso de radialistas na Rádio do Ministério da Educação e Cultura, em 1945. Dois meses depois, a admissão na rádio e o trabalho como locutora, apresentando uma programação musical e a literatura brasileira. Em 1950, foi para a televisão fazer um esquete e foi contratada por dois anos – criou-se na TV Tupi do Rio de Janeiro ciclos de teatro brasileiro e universal. "Juntando rádio e TV, fui me entrosando na literatura dramática e aprendendo meu ofício. Por onde a vida foi me levando, eu fui me formando", conta.

No teatro, apresentou-se aos 8 anos em um dramalhão chamado Os Dois Sargentos, apresentado na paróquia que frequentava no subúrbio do Rio. Depois, aos 16, preencheu um personagem de menos importância na peça Natacha que colegas da faculdade de Direito estavam montando. Em 1950, aos 21 anos, fez um papel pequeno em Altitude 3.200, produzida por Maria Jacinta; atuação que lhe rendeu o convite à televisão. A TV foi, aos poucos, dando tempo para sua família se acostumar com sua profissão de atriz.

À época, Fernanda já era Fernanda. Nasceu Arlette Pinheiro Esteves da Silva, em 1929, e na Rádio MEC passou a assinar os programas culturais que escrevia como Fernanda Montenegro. "Para mim, era um nome que tinha um certo humor dentro dele. Tinha alguma semelhança com Conde de Monte Cristo". Ela conta que foi só "no meio do caminho" que Fernando Torres, o marido com quem foi casada desde 1953, descobriu que ela era Arlette, e não Fernanda. Mas só a mãe e as irmãs continuaram chamando-a pelo nome de batismo.

Depois de mais algumas peças ainda no Rio de Janeiro, Fernanda juntou-se aos Artistas Unidos, com Madame Henriette Morineau – "uma grande mestra" – e em 54 chegou a São Paulo, onde ficou até 1959, vivendo a grande estrutura teatral da capital paulista, impulsionada pelo Teatro Brasileiro de Comédia. "A vida teatral em São Paulo fervilhava", conta. "Muitas companhias de teatro, de cinema, de dança, movimentos de artes plásticas, editoras". Em "Fernanda Montenegro – A Defesa do Mistério", a atriz fala com paixão do ambiente cultural que a formou, tanto no Rio de Janeiro, na efervescência da Cinelândia, quanto em São Paulo, envolvida com os grupos de teatro e Dulcina de Morais. "Como atriz, eu me formei vendo o teatro carioca, mas me estruturei nos cinco anos em que vivemos em São Paulo".


Fernanda prossegue sua narrativa detendo-se nos anos iniciais da carreira e na relação com as companhias de teatro. Fala do Teatro dos 7, companhia que montou com Ítalo Rossi, Fernando Torres, Sérgio Britto, Gianni Ratto, sua esposa, Luciana Petrucelli e Alfredo Souto de Almeida, um amigo diretor. Com eles, encenou perto de 400 teletextos, ao longo de nove anos da TV Tupi, e, entre muitas outras peças, O Beijo No Asfalto, que Nelson Rodrigues fez para o grupo. "Uma experiência rica, única, fundamental para minha vida e a do Fernando. Amadurecemos como artistas e como cidadãos", fala a respeito da companhia.

Os anos turbulentos da ditadura militar, com repressão e ameaças de atentados, e as questões financeiras para produção dos espetáculos também são contemplados pela atriz. Ela dedica ainda especial atenção à sua carreira no cinema. Confessa nunca ter se interessado por fazer filmes, mas ainda assim ter participado de algumas produções, como A Falecida, Pecado Mortal, Eles Não Usam Black Tie, O Que é Isso, Companheiro? . "Aí veio Central do Brasil", diz. "Central do Brasil foi uma experiência única na minha vida". Fernanda fala da recepção ao filme, das viagens para divulgação e premiação. Entre elas, o Oscar, para o qual foi indicada como Melhor Atriz – "Uma coisa que eu não sou é alienada, portanto, eu sabia que não ganharia nada. Imagina. Eu estar ali já era um fenômeno" –, e, mais importante que essa, o Festival de Berlim. "Até ali, eu não tinha visto o filme em tela grande. Fui assisti-lo pela primeira vez em tela grande lá, junto com a plateia. E o filme se revelou ali para nós também. Berlim foi um acontecimento" .

O cinema, uma guinada inesperada e importante em sua vida, ganha espaço para reflexão, junto com pensamentos a respeito dos processos de trabalho em outros meios. Ao fim e ao cabo, Fernanda levanta pontos importantes de discussão sobre a arte no Brasil hoje, ancorada em sua vasta experiência na TV e nos palcos. Considera ter "uma experiência de vida interessante" , mas diz que "nunca pensei em escrever uma autobiografia. Porque é como nas entrevistas: se me perguntam, eu falo, do contrário, me calo".


Sobre a autora
Neusa Barbosa é jornalista. Lançou, pela Coleção Aplauso, "Rodolfo Nanni – Um realizador persistente" e "John Hebert – Um gentleman no palco e na vida".

Créditos: Amilton
e-mail: amiltonferreira1@yahoo.com.br

CB
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Festival de Teatro de Curitiba 2010

O Festival de Curitiba 2010 está com cadastros abertos para a Mostra Fringe.


A 12ª edição do Fringe traz uma novidade importante. Os espaços culturais

terão autonomia para agendar as peças, datas e horários, de acordo com o

público e a linha teatral.

Segundo o diretor Leandro Knopfholz. (Conheça um pouco sobre o diretor do Festival CLICANDO AQUI.)

O objetivo da organização do evento é reunir linhas conceituais e artísticas

em determinados espaços, além de estabelecer condições para que a progra-

mação da mostra seja feita pela administração de cada teatro.

Os espaços também poderão negociar diretamente com as companhias os

percentuais de bilheteria e o número de apresentações.


Os projetos podem ser cadastrados pelo site Fringe
até o dia 30 de novembro.



O Festival de Curitiba está acontece de 16 a 28 de março de 2010.


Créditos:
Ruy Jobim Neto
Cia. Mestremundo de Histórias

SITE


"O Festival de Teatro de Curitiba vai dar atenção especial aos espetáculos do Fringe, a mostra paralela, na edição de 2010. Ao menos foi a promessa dos organizadores, ao término da 18ª edição do festival, domingo, 29 de março."

Segundo o Site de jornalismo da Terra (CONFIRA), a mostra da Fringe terá apoio especial, hora para os grupos e companhias de teatro ficarem atentos para novas oportunidades que surgem... espero ter mais notícias sobre isso e passar adiante pra vocês.

O Festival de Teatro de Curitiba é um dos mais importantes do país, levando a massa artística para uma celebração teatral. Obviamente tem uns desastres que ocorrem,... andava vendo uns posts pela blogosfera e vi cada crítica, que eu "prefiro nem comentar", como diz a Copélia. Levando em consideração a importância disso, vamos todos recorrer ao crescimento do teatro nesse país que quase sempre não é valorizada a cultura.


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CB



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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

1ª Conferência Municipal de Cultura


A Cultura Não Pode Faltar

Propostas para as Conferêcias Municipais de Cultura


1 ) Integração das políticas municipais com as política do Governo Federal e Estadual: imediata, propositiva e incondicional adesão do município ao Sistema Nacional de cultura; com orçamento próprio para os órgãos gestores específicos de no mínimo 1% e fomento ao público, artistas e produtores culturais.

2) Definição de políticas claras, democráticas e de estado para a rede municipal de equipamentos culturais: teatros, centros culturais, lonas culturais etc, com criação de editais transparentes e que contemplem a diversidade cultural;

3) Potencializar a ação cultural do poder público municipal, estadual e federal no município e estabelecer parcerias com o Sesc, o Senac, o Sebrae, as fundações privadas e as ONGs culturais que atuam na cidade.

4) Estimular a capacitação, qualificação e formação de agentes e gestores culturais, e arte educadores no desenvolvimento do campo das artes nas interfaces com a educação, saúde, meio-ambiente e turismo.

5) Estabelecer programas de valorização das manifestações culturais populares; por meio da disponibilização de recursos específicos e da criação de concursos e festivais que incentivem expressões culturais tais como o jongo, samba, choro, quadrilhas juninas, grafite, entre outras.

6) Incluir de forma significativa a questão cultural nos planos de desenvolvimento municipal - leis orgânicas, planos diretores, orçamento participativo, diretrizes orçamentárias, fóruns de reforma urbana, etc.

7) Conjugar as políticas públicas com as demais políticas de governo, realizando as ações conjuntas entre a Secretaria da Cultura e os demais órgãos governamentais, garantindo assim a transversalidade.

8) Ampliar o acesso aos bens e serviços culturais da cidade, através da criação de novos equipamentos culturais, da distribuição de ingressos para eventos e espetáculos culturais apoiados pela Prefeitura, do uso dos espaços públicos como a escola, a praça, a quadra de esporte como espaços culturais e da disponibilização de conteúdos para rádios e televisões comunitárias.

9) Implementar a política afirmativa, através de programas, ações e gestão de equipamentos culturais, para reduzir discriminações de raça, gênero, idade, condição social e outras.

10) Estimular no planejamento de ações culturais, o mapeamento de setores organizados (fóruns, sindicatos de artistas e técnicos, sindicatos dos músicos, conselhos profissionais), das novas formas de fazer cultural (ong´s diversas, movimentos de juventude – hip-hop, grafiteiros, funk, pré-vestibulares comunitários, grupos ambientalistas, entre outros) e da cidadania coletiva.

11) Criar políticas culturais específicas para pessoas portadoras de deficiências, crianças e jovens, especialmente os que vivem em situação de risco, através de criação de equipamentos públicos que promovam a inclusão tecnológica e cultural e possibilitem sua inserção no mercado formal de trabalho.

12) Desenvolver uma política de preservação do patrimônio cultural e natural, que além preservar, desenvolva a difusão da memória social e o conhecimento e se integre às atividades da vida cotidiana.

13) Valorizar os trabalhadores da cultura, reconhecendo o papel fundamental do setor na economia como gerador de emprego e renda. Apoiar a classe na luta por ações previdenciárias específicas.


Mais Informações. Clique Aqui!



(Em breve, novos posts falando sobre o assunto)

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CB

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Peça Dentro de Táxi (Reino Unido)


Uma companhia de teatro está encenando uma peça dentro de um táxi na capital da Irlanda do Norte, Belfast.

Grupo teatral encena peça "Two Roads West" dentro de táxi em Belfast, na Irlanda do Norte, toma a forma de um passeio pela cidade. O motorista do táxi e uma das passageiras são atores, os demais passageiros comuns que assistem à peça, cinco de cada vez.

A peça foi escrita por um ex-militante do IRA (Exército Republicano Irlandês), o escritor Lawrence McKeown.
Durante cerca de uma hora, o motorista Bill, interpretado pelo ator Vincent Higgins, dá uma volta pela região oeste de Belfast, percorrendo ruas que foram palco de momentos sangrentos na história da região.

Sentada no banco de trás do carro - o tradicional táxi preto britânico - está a passageira Rosie (a atriz Carol Moore), de volta à cidade natal após 40 anos de ausência.

Two Roads West explora a interação entre Rosie, o motorista Bill e duas ruas da cidade, situadas nos lados católico e protestante e separadas por uma barreira chamada de "linha da paz".


▬► Comunidades em conflito

Paula McFetridge, diretora da peça, disse que atuar e dirigir o carro ao mesmo tempo é um desafio para Higgins, e explicou que o ator está armado de uma série de falas "de reserva" para estender a duração da peça em eventuais congestionamentos.


"Você tem de levar em consideração que as ruas envolvidas, Falls e Shankill, são ruas principais e tudo acontece nelas, de funerais a acidentes e pessoas na rua interagindo com você"

Ainda assim, os atores conseguem fazer três espetáculos por dia, com ingressos custando cerca de R$ 26.
Este não é um empreendimento lucrativo e recebe financiamento da prefeitura da cidade.

Mas McFetridge, nascida no oeste de Belfast e de família católica, acha que o teatro:


"pode ajudar a derrubar as barreiras que dividem a comunidade"

E isso não se resume à comunidade de Belfast. A diretora tem planos de levar a peça a outras cidades da Irlanda do Norte e quem sabe até a outros países marcados por conflitos.


"Só o fato de as pessoas verem onde o outro lado da comunidade vive já muda sua percepção."

A escolha do modo de transporte, no entanto, teria de se adequar à cidade.

"Por exemplo, se fizéssemos uma peça em Atlanta (Estados Unidos) explorando o movimento dos direitos civis dos negros teríamos de usar um ônibus amarelo."

▬► Interação

A interação entre o público e os atores, em um espaço tão pequeno, não é incentivada, mas às vezes não pode ser evitada.

McFetridge disse que em um dos espetáculos, uma mulher comprou um ingresso achando se tratar de um passeio convencional pelos pontos turísticos da cidade.


"Tivemos alguns episódios interessantes. Uma mulher achou que (a atriz) Carol Moore estava bêbada e por isso ficava interrompendo todo mundo, desesperada para contar suas histórias pessoais e seu relacionamento com a cidade."

Two Roads West, uma produção da companhia de teatro Kabosh, é parte do West Belfast Festival (Féile '09, em gaélico) e fica em cartaz até o dia 9 de agosto.

MÔNICA VASCONCELOS
da BBC, em Londres

RUY JOBIM NETO
Cia. Mestremundo de Histórias

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▬►Minha Opnião

Foi engraçado pra mim quando li a matéria acima. Eu nunca tinha imaginado encenar um espetáculo num táxi e, no Reino Unido a prefeitura faz realmente o papel cultural apoiando o grupo de teatro. No Brasil isso não aconteceria (eu imagino), aqui para se conseguir patrocínio é um "filho", isso quando consegue. Achei engraçado principalmente, porque lembrei uma coisa que meu professor disse sobre encenar espetáculos em locais não convencionais. ele falou sobre a encenação de um espetáculo na Central do Brasil, e que alguns atores só querem fazer teatro na área nobre da cidade, em teatros grandes, etc. Enquanto o verdadeiro teatro, pode ser visto de qualquer lugar. Pode ser visto e entendido, de um táxi circulando pela cidade. Idéia, na minha opnião, genial. Palco é um lugar mágico, palco é palco, mesmo não sendo um palco.

Cleyton Brayt ●๋•


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Antonio Fagundes, ladrão?



Antonio Fagundes deu uma entrevista ao UOL dizendo porque rejeita a Lei Rouanet.


Entre as pérolas está:

"Estou um pouco cansado de ser chamado de ladrão, particularmente porque não sou. Tem gente que é chamada [de ladrão] e é. O Senado está cheio. Estou tentando evitar isso e cobro o que eu quero com o ingresso"

De fato, ser chamado de ladrão quando não somos é um pouco chato. Mais chato ainda é cobrar R$80,00 num ingresso quando você teve um incentivo à cultura por uma lei que - teoricamente - obriga você a dar uma resposta social. Por social entenda-se inclusão e não coquetel de abertura para a imprensa.
De fato Fagundes não era ladrão, nunca foi (eu acho...). O que não quer dizer que fosse um sujeito moralmente correto. Não, também não sou. Mas pelo menos nunca reclamei quando disseram que era...


"É o preço do ingresso que vai manter essa peça em cartaz. Se não, acontece o que tem acontecido com os espetáculos com mortes anunciadas"

O preço, 100 reais... Você pode chamar também de 1/4 do salário mínimo... mas enfim... quem disse que cultura é pra todo mundo não é mesmo?
Desta vez, Fagundes, não-ladrão, não aderiu a lei. Assim pode cobrar o que quiser pelo produto que oferece. Justo. Só não entendi a reclamação que veio a seguir:


"O Rio de Janeiro tem ondas no teatro. Agora são os musicais, antes era o besteirol. Cada momento do teatro carioca vive uma linha, então o público perde a possibilidade de optar. Em São Paulo, há uma diversificação muito grande de espetáculos, isso faz com que o público se exercite e fique mais sensível a mudanças que o carioca"

Uai, quanto custa fazer um besteirol? E o ingresso do besteirol? Ah, bom, pelo menos agora o público vai poder optar entre os musicais e o Fagundão (Fagundes + não-ladrão), quer dizer, no RJ né?! Porque aqui em São Paulo tem muita diversidade. ..
É difícil a concorrência quando o ingresso custa 100 reais né não?
Enquanto Parlapatões lança nova peça
O PAPA E A BRUXA, os ingressos mais caros estão custando R$20,00. Ah, e sem Rouanet!

Créditos:
Blog Fala Com a Mão

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Sinceramente, depois disso não tenho muito a falar, porém faço questão de postar aqui a opnião do blog citado acima e, é claro a minha opnião.
A pouco fiz um espetáculo chamado "Ai, Cacilda Becker!", Cacilda me ensinou muito e uma de suas frases que me chamou bastante atenção, inclusive tema do espetáculo, foi a seguinte:


"Quem desejar fazer TEATRO, perderá dinheiro. E quem deseja fazer NEGÓCIO, ganhará dinheiro"

Obviamente, quando se tem o total patrocínio para um espetáculo, os atores já estão pagos, os figurinos, os cenários, os adereços, a iluminação, o teatro, enfim... todos os gastos possíveis e impossíveis (digo isso, por que me parece que compram muito mais do que o necessário e, recebem muitoo além do normal), já estão pagos. Por que cobrar tão caro do espectador? Por que cobrar um valor absurdo, quando não se necessita de mais dinheiro? Perguntas frequentes no meio do teatro. Seria maravilhoso ver todos os teatros cheios, assitir tv e quando ouvir falar de teatro, não seja somente pq o "carinha" da novela fez uma participação numa peça.

"Ator pra ser ator, não precisa fazer Tv."


Até quando viveremos nessa tão farta ignorância? Cabe-nos a pensar, vamos sim assistir a espetáculos de teatro, mas não só porque o ator é de "malhação", ou só porque é um musical.

Cleyton Brayt
●๋•

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ai, Cacilda Becker!



" Todo aquele que desejar fazer teatro perderá dinheiro e, todo aquele que desejar fazer negócio ganhará dinheiro. Eu faço Teatro!"

Espetáculo Teatral realizado pelos alunos-atores do Instituto Nossa Senhora do Teatro Fernanda Montenegro, da Central do Brasil. Espetáculo baseado na citação acima. Em nossa pequena pesquisa sobre a vida de Cacilda, descobrimos muitas coisas importantes e, sentimos profunda sede de falar sobre
situações de sua vida que consideramos singulares. Decidimos então, colocar esses momentos como "flash's", como se fossem pensamentos seus nos momentos em que estava adoentada, prestes a morrer. Um fato curioso contado no depoimento de seu filho fez-nos montar a primeira cena do espetáculo. Cacilda adoentou-se no palco, foi diagnosticada com derrame cerebral, no palco, por um médico que estava na platéia. Cacilda foi importantíssima para a classe teatral paulista e brasileira. Cacilda foi uma mulher potente, trabalhou na secretaria de cultura e defendeu soberanamente a classe teatral e, acima de tudo a arte. Um outro fato curioso que aconteceu, foi quando Cacilda ordenou a soltura de Plínio Marcos, que foi preso por supostamente desacatar ao censor, que censurou seu espetáculo. Conhecer um pouco mais de Cacilda fascinou a todos que participaram desse trabalho e a todos que o assistiram.

"Não me peça para dar de graça a única coisa que eu tenho para vender"


O espetáculo foi o término de um módulo da oficina do Instituto Nossa Senhora do Teatro Fernanda Montenegro, este baseado nos moldes minimalistas pelo teórico Artaud. Texto minimalista, figurinos minimalistas, cenário minim
alista. Cacilda mostrada em três gerações, em três fases, nas quais lutou pelo que queria. Cacilda queria dançar, ser como a dançarina Isadora Duncan. Cacilda queria destruir a ditadura militar. Cacilda conquistou.



"Cacilda não morreu, Cacilda está em nós, levanta Cacilda!"



▬►Elenco:

Cleyton Brayt
Edu Alves
Evelyn Zanai
Jefferson Nunes
Karol Félix
Soraya Bianck
Vanderson Rogerio III


▬►Apresentamos em:

3ª MOSTRA DE TEATRO MINIMALISTA
SESC Engenho de Dentro
Dia 25 de julho de 2009, ás 20:30


"Abaixo a ditadura. Viva a arte"


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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Alemanha 60/20 - Setor Cultural 2009


2009 - Ano de virada para a Alemanha

20 anos da Queda do Muro e 60 anos da Alemanha Federal (60/20)
Duas datas iomportantes são festejadas pela alemanha em 2009. Temas monumentais da História contemporânea alemã.

Como sabemos, e como já foi dito aqui (post), a Alemanha é um país riquíssimo na questão cultural, neste ano tão importante, obviamente, isso será bem evidente. A edição P Nº2, da revista alemã Magazine Deutschland (abril /maio 2009), foi dedicada a este momento, com reportagens interessantíssimas sobre vários ângulos desse episódio. Como é o habitual, separei para frizar no blog a parte cultural, então vamos conferir alguns dos eventos que acontecerão.

▬► Como o setor cultural festeja o ano jubilar*

*Alegrar-se muito. *² Júbilo: encher-se de alegria.

Apresentações teatrais, exposições de fotos e de arte, concursos de cinema, concertos e palestras: uma sinopse dos projetos culturais no ano jubilar "60/20", na alemanha e no exterior.

Show de marionetes: Espetáculo teatral em Berlin

O Berliner Festspiele apresenta um espetáculo teatral ao ar livre e de entrada franca, de 1º a 4 de outubro. A legendária companhia francesa de teatro de rua "Royal de Luxe" encena um conto de fadas sobre reencontro após separação, com suas marionetes de até 13 metros de altura, em lugares como a avenida Unter den Linden, a rua Strasse des 17. Juni ou o Portão de Brandemburgo.


"Com o metrô suburbano para o Ocidente": Teatro na linha 2

Este é o projeto berlinense de exposição e teatro, que se realiza de 1º de setembro a 30 de novembro. Nos vagões da linha 2 do metrô suburbano serão encenadas peças curtas de teatro, baseadas em relatos de testemunhas da época na RDA.

(Saiba Mais)


"Após a Queda" : Projeto Teatral do Instituo Goethe

O instituto goethe organiza em todo o mundo cerca de 60 eventos sobre o tema da Queda do Muro. 17 dramaturgos de 15 países participam, por exemplo, do grande projeto teatral "Após a Queda - A Europa depois de 1989". vinte anos após a queda do Muro em Berlin, eles analisam a transformação na Alemanha e na Europa, com suas peças teatrais. As Produções serão mostradas em teatros de toda a Europa. No final do projeto teatral, em novembro de 2009, o Staatsschauspiel de Dresden e o Theaterbüro de Mülheim an der Ruhr apresentam na Alemanha uma seleção das peças.

"Transposições de Fronteiras": concurso internacional para cineastas

Pela terceira vez, o Instituto Goethe e a Fundação "Recordação, Responsabilidade e Futuro" promovem o concurso internacional de curtas-metragens "Transposições de Fronteiras". Jovens cineastas foram conclamados a tratar com as transposições geográficas e civilizatórias de fronteiras de 1939 - o inicio da II Guerra Mundial -, bem como das consequências sociais após 1939. Em julho, serão anunciados os premiados entre os 33 curtas-metragens participantes.


"9 de novembro de 1989, o dia mais feliz da história alemã."



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domingo, 12 de julho de 2009

Programação Cultural - Entrada Franca

Este post está sendo escrito especialmente para o "Conexão Jovem". Robson Madredeus pediu-me um post sobre Teatro, então, por que não falar sobre toda uma gama de cultura e, ainda mais Grátis? XD


Confira então a Programação Cultural

Créditos: Franca Cultura

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▬► ENCONTRO COM POETAS POPULARES E RODAS DE CANTORIA

Sede da ABLC - Rua Leopoldo Fróes, 37 (Santa Teresa)
Confira a programação completa CLICANDO AQUI.


▬► SAMBA E FEIJÃO - RECITANDO SAMBA (19/07/09 - 15 ás 17 hs.)

SESC São João de Meriti - Av. Automóvel Clube, 66

(clique na imagem para aumentar)

▬►SHOWS DA IE99 - TRIBUTO AO CENTENÁRIO CARMEN MIRANDA

confira a programação completa e locais CLICANDO AQUI.

▬►PROJETO ÂMAGO - SHOWS MPB, SAMBA E SWING

(clique na imagem para aumentar)


▬► CENTRO CULTURAL PROF. HORÁCIO MACEDO – UFRJ
CINEMA, EXPOSIÇÃO, SHOW, ETC.

Avenida Brigadeiro Trompowski S/N - Prédio do CCMN

UFRJ - tel.: 2598-9458 / 2598-9459

Confira a programação completa CLICANDO AQUI.

▬►TEMPORADA 2009 BNDES


JULHO (música instrumental)

02 - Wagner Tiso e Victor Biglione
09 - Pedra Lispe
16 - Leandro Braga
23 - André Mehmari - "De Árvores e Valsas"
30 - Hamilton de Holanda Quinteto - "Brasilianos 2"


A agenda anual foi cuidadosamente definida para conformar os diversos estilos e gêneros, proporcionando espetáculos inesquecíveis para o público do Quintas.

Endereçõ: Endereço: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Auditório do BNDES
Avenida República do Chile nº 100 Centro - Rio de Janeiro (RJ)

Para conferir a programção do ano inteiro CLIQUE AQUI.


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Cultura Sempre.
Valorize.


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domingo, 21 de junho de 2009

"Mirona, a Princesa Chorona" no Festival do RJ



PRÊMIO DE MELHOR PEÇA INFANTIL

MELHOR PRODUÇÃO(Renê Azevedo e Ed Lopez)

MELHOR ATRIZ (Adriana Perim)


DOS 11 PRÊMIOS, FOMOS INDICADOS A 10:

- Melhor Iluminador: Leandro Barreto

- Melhor Figurino: Aline Lima
- Melhor Cenário: Ed Lopez
- Melhor Texto: Ed Lopez
- Melhor Produção: Renê Azevedo e Ed Lopez
- Melhor Diretor: Ed Lopez
- Melhor Atriz Coadjuvante: Lívia Paiva, Vanessa Botelho e Maristela Guimarães
- Melhor Ator: Vitor Barbarisi
- Melhor Atriz: Adriana Perim

- Melhor Espetáculo: "Mirona, a Princesa Chorona".



Texto e direção: Ed Lopez – Autor premiado no Rio de Janeiro e em Gramado.


Conhecemos muitos contos infantis e histórias de princesas boazinhas, humildes ou pobres, que se apaixonam por um príncipe encantado ou por um plebeu aventureiro, e então uma terrível bruxa invade a história tramando as maiores barbaridades no intuito de impedir que elas sejam "felizes para sempre". Mirona é completamente diferente de todas essas. Nossa princesa é mal-educada, brigona, chorona, não respeita os mais humildes e quer que somente suas vontades sejam feitas. Um belo dia, recebe a notícia de que a Fada Maria realizará um baile em que será escolhida uma princesa para se casar com seu afilhado, o príncipe Pedro (que, além de lindo, é cunhado da Cinderela!). Mesmo sem ser convidada, Mirona vai ao baile certa de que será a eleita. Quando o príncipe Pedro a vê, já se apaixona por ela. Contudo, Fada Maria, ao perceber os graves defeitos da princesinha, faz um feitiço que transforma a vida desta completamente... de nobre, ela passa a ser vista como serviçal. A partir daí, muitas aventuras e dificuldades farão parte da vida de Mirona, até que a princesa descubra dentro de si valores antes desconhecidos e que há coisas muito mais importantes e valiosas do que a riqueza material.


▬►Elenco◄▬

-Adriana Perim
-Alessandra Esteves
-Lívia Paiva
-Renê Azevedo
-Samuel Toledo
-Vanessa Botelho
-Vitor Barbarisi
-Participação Especial: Maristela Guimarães

Assistente de Direção: Anderson Guimarães

Preparador Corporal e Coreógrafo: Geandro Pascarelli

Preparador Vocal e Músico: André Bassman

Diretor de Iluminação: Leandro Barreto

Operador de Luz: César Germano

Figurinista: Aline Lima

Maquiador: Cleyton Brayt

Designer gráfico: Marcello Roza




Lembrando os agradecimentos a Diretora de Produção do espetáculo: Ayala Rossana, pelo seu belo trabalho realizado durante a pré-produção e a produção geral da temporada no Teatro Pinheiro Guimarães.

Meu respeito a todos do espetáculo, prêmio totalmente merecido pelo esforço de todos.

Cleyton Brayt








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sexta-feira, 12 de junho de 2009

"Romeu e Julieta, a Comédia"

A Cia Com a Bunda na Janela, traz uma nova investida: a esquete teatral "Romeu e Julieta, a Comédia", dirigido pela veterana Selma Lopes(conheça melhor Selma Lopes CLICANDO AQUI), e com os atores Tony Di Carlo e Robson Duarte.

A esquete teatral, veio da idéia da atualidade, assim, tranformando um texto clássico de Shakespeare em uma comédia inebriante. Onde Julieta conta como está triste sendo uma personagem e como quer se libertar, dançar, fazer orgias,etc.


Ficha Técnica:

Direção: Selma Lopes
Produção e Maquiagem: Cleyton Brayt
Iluminação: Tony Di Carlo
Figurino e Cenário: Néri Monteiro


Não percam a apresentação especial no 4º circuito Mix de Esquetes, em Nova Iguaçu.


▬► Espaço Cultural Sylvio Monteiro◄▬
(R. Getúlio Vargas, 51 - Centro / Nova Iguaçu

Dia 19 de junho, ás 20 hs.
R$ 10,00 (inteira)
R$ 5,00 (meia / antecipados)

Dia 21 de junho, ás 19 hs.
(Homenagem Especial Para Selma Lopes)

Mais informações sobre o festival: 3768-9250 / 2667-2157


Mais informações sobre a Cia Teatral Com a Bunda na Janela e sobre a esquete teatral "Romeu e Julieta, a Comédia" : 9266-8604



Confira a Filipeta do Evento CLICANDO AQUI.


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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mostra Internacional de Teatro - MIT 2009



MIT 2009
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

Teatro I

Em sua quinta edição, a parceria entre o CCBB e o Festival Internacional de Londrina (Filo) leva ao Teatro I do CCBB espetáculos de quatro países: Argentina, Espanha, Itália e Rússia. Quem abre a mostra, em sessões de sexta (5) a domingo (7), é o renomado Teatr Licedei, de são Petersburgo. Com trabalho calçado na arte dos clowns*, o grupo russo fundado em 1968 por Slava Polunin exibe no Rio Semianyki, sua mais nova criação coletiva. Trata-se de uma tragicomédia para todas as idades, composta de esquetes, que põe em cena fragmentos de uma família amalucada. Depois de Semianyki serão apresentados até o fim de junho, La Omisión de La Familia Coleman, da argentina Timbre 4; Crónica de José Agarrotado, do grupo espanhol loscorderos s.c.; e Pépé e Stela, do Teatro Gioco Vita, da Itália.



*Clown

A palavra clown (pronuncia-se “cláun”) apareceu no século XVI. Este vocábulo remete-nos a colonuns e clod, significando um fazendeiro ou rústico, torpe e, de qualquer maneira, o clown foi sempre campesino (TOWSEN, 1976). Outra origem é na língua celta, designando originalmente um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado, indicando, num outro momento, aquele que, com artificiosa torpeza, faz o público rir.

Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Palhaço vem do italiano e se relaciona, geralmente, à feira e à praça; já o clown refere-se ao palco e ao circo. Mas, na linguagem do espetáculo, as duas palavras confluem em essências cômicas.

Os grandes clowns tradicionais do cinema tais como Mazzaropi, Chaplin, Keaton, Tati, Langdon, The Marx Brothers, Harold Lloyd, Jerry Lewis, Martin and Lewis, Woody Allen, Laurel and Hardy, Abbott and Costello e Andy Kaufman, entre outros maravilhosos nos foram apresentados em algum momento de nossas vidas.


Serviço: Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I
(148 lugares)
Rua Primeiro de Março,66, Centro. tel.: 38082020
(Sexta a domingo, 19:30)
R$10,00 Bilheteria a partir das 10 hs (sex. a dom.)
Até dia 28. Estréia em 05/06/09 (sexta-feira)

★★★★★★★

"E você pode pensar que a vida é uma grande ilusão
Mas se você for sincero será deixado para trás
E vai seguir sendo odiado nesse mundo lúdico e colorido
Onde um sorriso falso brilha mais que uma lâmpada incandescente
E se desfaz na velocidade da luz
Não banque o palhaço!
Não seja enganado!
"

(Trecho de uma poesia de um autor que prefere ser identificado como: Autor Desconhecido)

CONFIRA NA ÍNTEGRA CLICANDO AQUI.



Fonte: Revista Veja Rio
Ano 42 Nº 22


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domingo, 31 de maio de 2009

Marcha mundial Pela Paz e Pela Não-Violência




A Marcha Mundial começara em Nova Zelândia em 02 de Outubro de 2009, dia do aniversário de Gandhi declarado pelas nações Unidas dia internacional da não violência.
Ela irá terminar na Cordilheria dos Andes, em Punta de Vacasao pé do Monte Aconcágua no dia 02 de Janeiro de 2010. Durante estes 90 dias, passará por mais de 90 países e 100 cidades dos cinco continentes. A caminhada terá uma distância de 160.000 km por terra e algumas transições acontecerão por mar e por ar. Passará por todos os climas e estações desde o verão, zonas tropicais e deserto, até o inverno siberiano. As etapas maiores serão as americanas e asiáticas, ambas com um mês de duração. Haverá uma equipe de base permanente de 100 pessoas de diferentes nacionalidades que terão percorrido o caminho por completo.




Seria tão bom que uma marcha por si só, resolvesse todos nossos problemas de violência, não é?
Seria tão bom ver essa marcha com os olhos com mais esperança ainda.
Sabe, eu acho que a marcha "populariza" este desejo de paz que sentimos. Acho esta marcha muito importante, sua essência demostra realmente seriedade e dedicação a frutos que "nós" mesmos plantamos com nossa sociedade tão proibidora e frustante.
Hoje, vemos brigas tão infames, não me refiro somente as guerras que vemos pelo mundo, mas também, entre nosso grupo de amigos, na família, enfim, as "guerras" começam com pequenos gestos: amargos copos de vinho, brincadeiras que desencadeiam discussões sem fundamento e que acabam em socos e muito sangue (nem sempre literalmente, mas em palavras que são mais doloridas que qualquer dor física), etc.
Soube dessa notícia da MARCHA MUNDIAL PELA PAZ E PELA NÃO-VIOLÊNCIA, e fiquei fazendo várias indagações a mim mesmo, e deixei aqui na gaveta (rascunho), para enfim postar com algumas conclusões que tirei. E a mais importante dessas conclusões é a seguinte: vamos lutar da nossa maneira pela paz, quem sabe pedindo desculpas quando estamos errados, e calar-se em alguns momentos, deixar que percebem que nem sempre somos nós que erramos, mas que quando erramos somos humanos suficientes para pedir perdão e, é claro, perdoar aos que nos devem assim como os devedores nos perdoam.

Cleyton Brayt



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quarta-feira, 27 de maio de 2009

"Emilia e Sua História" (Contação de História)



Ayala Rossana, dona deste belo projeto, com base da tão conhecida história de Monteiro Lobato: Sitio do Picapau Amarelo. Com uma versão diferente voltada é claro, para as crianças. Traz sua atriz Desirre Holtz, que soube vivenciar muito bem a personagem. Seu projeto consiste num monólogo, no qual Emilia vai contando toda sua história e dos outros personagens da trama, bonecos dos personagens a auxiliam com as crianças. Assim de forma divertida e bem educativa, Ayala e Dessirre conseguem passar para os pequenos espectadores a grande importância da cultura, da cultura nacional.

*Monteiro Lobato, escritor brasileiro do seculo XX, um dos precursores da literatura infantil brasileira. Mais de metade de sua obra são livros infantis, ea outra metade dedicada a contos, artigos, críticas, prefácios, um livro sobre petróleo e ferro, e um único romance, chamado "O Presidente Negro", infelizmente não teve tanto
reconhecimento como em sua obra voltada ao público infantil.


"Emília e Sua História"

Escrito e Dirigido: Ayala Rossana
Estrelando: Desirre Holz

●๋•

Ayala Rossana, como sempre preocupada com sua comunidade adorada: Rocha Miranda, resolve fazer uma pré-estréia gratuita para alunos de uma creche com o mesmo nome do bairro. Que com muita alegria e contentamento, receberam muito bem a atriz, que se sentiu maravilhada com os abraços e beijos sinceros de crianças sedentas pelo saber divertido.



●๋•

Contatos para apresentações: 24731527 / 86356987


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E o povo todo viu!

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