quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Peça Dentro de Táxi (Reino Unido)


Uma companhia de teatro está encenando uma peça dentro de um táxi na capital da Irlanda do Norte, Belfast.

Grupo teatral encena peça "Two Roads West" dentro de táxi em Belfast, na Irlanda do Norte, toma a forma de um passeio pela cidade. O motorista do táxi e uma das passageiras são atores, os demais passageiros comuns que assistem à peça, cinco de cada vez.

A peça foi escrita por um ex-militante do IRA (Exército Republicano Irlandês), o escritor Lawrence McKeown.
Durante cerca de uma hora, o motorista Bill, interpretado pelo ator Vincent Higgins, dá uma volta pela região oeste de Belfast, percorrendo ruas que foram palco de momentos sangrentos na história da região.

Sentada no banco de trás do carro - o tradicional táxi preto britânico - está a passageira Rosie (a atriz Carol Moore), de volta à cidade natal após 40 anos de ausência.

Two Roads West explora a interação entre Rosie, o motorista Bill e duas ruas da cidade, situadas nos lados católico e protestante e separadas por uma barreira chamada de "linha da paz".


▬► Comunidades em conflito

Paula McFetridge, diretora da peça, disse que atuar e dirigir o carro ao mesmo tempo é um desafio para Higgins, e explicou que o ator está armado de uma série de falas "de reserva" para estender a duração da peça em eventuais congestionamentos.


"Você tem de levar em consideração que as ruas envolvidas, Falls e Shankill, são ruas principais e tudo acontece nelas, de funerais a acidentes e pessoas na rua interagindo com você"

Ainda assim, os atores conseguem fazer três espetáculos por dia, com ingressos custando cerca de R$ 26.
Este não é um empreendimento lucrativo e recebe financiamento da prefeitura da cidade.

Mas McFetridge, nascida no oeste de Belfast e de família católica, acha que o teatro:


"pode ajudar a derrubar as barreiras que dividem a comunidade"

E isso não se resume à comunidade de Belfast. A diretora tem planos de levar a peça a outras cidades da Irlanda do Norte e quem sabe até a outros países marcados por conflitos.


"Só o fato de as pessoas verem onde o outro lado da comunidade vive já muda sua percepção."

A escolha do modo de transporte, no entanto, teria de se adequar à cidade.

"Por exemplo, se fizéssemos uma peça em Atlanta (Estados Unidos) explorando o movimento dos direitos civis dos negros teríamos de usar um ônibus amarelo."

▬► Interação

A interação entre o público e os atores, em um espaço tão pequeno, não é incentivada, mas às vezes não pode ser evitada.

McFetridge disse que em um dos espetáculos, uma mulher comprou um ingresso achando se tratar de um passeio convencional pelos pontos turísticos da cidade.


"Tivemos alguns episódios interessantes. Uma mulher achou que (a atriz) Carol Moore estava bêbada e por isso ficava interrompendo todo mundo, desesperada para contar suas histórias pessoais e seu relacionamento com a cidade."

Two Roads West, uma produção da companhia de teatro Kabosh, é parte do West Belfast Festival (Féile '09, em gaélico) e fica em cartaz até o dia 9 de agosto.

MÔNICA VASCONCELOS
da BBC, em Londres

RUY JOBIM NETO
Cia. Mestremundo de Histórias

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▬►Minha Opnião

Foi engraçado pra mim quando li a matéria acima. Eu nunca tinha imaginado encenar um espetáculo num táxi e, no Reino Unido a prefeitura faz realmente o papel cultural apoiando o grupo de teatro. No Brasil isso não aconteceria (eu imagino), aqui para se conseguir patrocínio é um "filho", isso quando consegue. Achei engraçado principalmente, porque lembrei uma coisa que meu professor disse sobre encenar espetáculos em locais não convencionais. ele falou sobre a encenação de um espetáculo na Central do Brasil, e que alguns atores só querem fazer teatro na área nobre da cidade, em teatros grandes, etc. Enquanto o verdadeiro teatro, pode ser visto de qualquer lugar. Pode ser visto e entendido, de um táxi circulando pela cidade. Idéia, na minha opnião, genial. Palco é um lugar mágico, palco é palco, mesmo não sendo um palco.

Cleyton Brayt ●๋•


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Antonio Fagundes, ladrão?



Antonio Fagundes deu uma entrevista ao UOL dizendo porque rejeita a Lei Rouanet.


Entre as pérolas está:

"Estou um pouco cansado de ser chamado de ladrão, particularmente porque não sou. Tem gente que é chamada [de ladrão] e é. O Senado está cheio. Estou tentando evitar isso e cobro o que eu quero com o ingresso"

De fato, ser chamado de ladrão quando não somos é um pouco chato. Mais chato ainda é cobrar R$80,00 num ingresso quando você teve um incentivo à cultura por uma lei que - teoricamente - obriga você a dar uma resposta social. Por social entenda-se inclusão e não coquetel de abertura para a imprensa.
De fato Fagundes não era ladrão, nunca foi (eu acho...). O que não quer dizer que fosse um sujeito moralmente correto. Não, também não sou. Mas pelo menos nunca reclamei quando disseram que era...


"É o preço do ingresso que vai manter essa peça em cartaz. Se não, acontece o que tem acontecido com os espetáculos com mortes anunciadas"

O preço, 100 reais... Você pode chamar também de 1/4 do salário mínimo... mas enfim... quem disse que cultura é pra todo mundo não é mesmo?
Desta vez, Fagundes, não-ladrão, não aderiu a lei. Assim pode cobrar o que quiser pelo produto que oferece. Justo. Só não entendi a reclamação que veio a seguir:


"O Rio de Janeiro tem ondas no teatro. Agora são os musicais, antes era o besteirol. Cada momento do teatro carioca vive uma linha, então o público perde a possibilidade de optar. Em São Paulo, há uma diversificação muito grande de espetáculos, isso faz com que o público se exercite e fique mais sensível a mudanças que o carioca"

Uai, quanto custa fazer um besteirol? E o ingresso do besteirol? Ah, bom, pelo menos agora o público vai poder optar entre os musicais e o Fagundão (Fagundes + não-ladrão), quer dizer, no RJ né?! Porque aqui em São Paulo tem muita diversidade. ..
É difícil a concorrência quando o ingresso custa 100 reais né não?
Enquanto Parlapatões lança nova peça
O PAPA E A BRUXA, os ingressos mais caros estão custando R$20,00. Ah, e sem Rouanet!

Créditos:
Blog Fala Com a Mão

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Sinceramente, depois disso não tenho muito a falar, porém faço questão de postar aqui a opnião do blog citado acima e, é claro a minha opnião.
A pouco fiz um espetáculo chamado "Ai, Cacilda Becker!", Cacilda me ensinou muito e uma de suas frases que me chamou bastante atenção, inclusive tema do espetáculo, foi a seguinte:


"Quem desejar fazer TEATRO, perderá dinheiro. E quem deseja fazer NEGÓCIO, ganhará dinheiro"

Obviamente, quando se tem o total patrocínio para um espetáculo, os atores já estão pagos, os figurinos, os cenários, os adereços, a iluminação, o teatro, enfim... todos os gastos possíveis e impossíveis (digo isso, por que me parece que compram muito mais do que o necessário e, recebem muitoo além do normal), já estão pagos. Por que cobrar tão caro do espectador? Por que cobrar um valor absurdo, quando não se necessita de mais dinheiro? Perguntas frequentes no meio do teatro. Seria maravilhoso ver todos os teatros cheios, assitir tv e quando ouvir falar de teatro, não seja somente pq o "carinha" da novela fez uma participação numa peça.

"Ator pra ser ator, não precisa fazer Tv."


Até quando viveremos nessa tão farta ignorância? Cabe-nos a pensar, vamos sim assistir a espetáculos de teatro, mas não só porque o ator é de "malhação", ou só porque é um musical.

Cleyton Brayt
●๋•

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E o povo todo viu!

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